quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Corregedoria investiga denúncia de desvio de verba em presídios do Vale


Uma das unidades sob investigação é o CDP de Taubaté.
Suposta fraude de 'conserto' de carros usaria peças roubadas.


A Corregedoria do Sistema Penitenciário investiga uma denúncia de desvio de verba dos presídios da região, entre os quais o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Taubaté. O dinheiro deveria ter sido usado para compra de peças para carros quebrados, porém as peças utilizadas nos carros eram roubadas.

Os agentes penitenciários denunciaram o suposto esquema feito para enganar o poder público e lucrar com a manutenção dos carros dos presídios. Pelo menos três veículos, que estão encostados no pátio da Corregedoria dos Presídios do Vale, circulavam com peças e motores roubados.

De acordo com os agentes, o esquema agia quando um dos carros apresentava problema e os diretores administrativos das unidades prisionais mandavam os carros para oficinas - que fariam parte do esquema. Os estabelecimentos faziam serviços desnecessários e mais caros, como uma troca de motor, por exemplo. No entanto, o motor usado no 'serviço', em substituição a um que ainda funcionava, era roubado.

Para a unidade, eram apresenados gastos que variavam de R$ 1 mil a R$ 5 mil. Como os carros ganhavam peças roubadas, o dinheiro do 'conserto' era desviado. O esquema era repetido várias vezes com o mesmo carro.

Na investigação, foi encontrado um gol com motor roubado. O veículo é um dos que foi parado no pátio. O que foi gasto com manutenção e peças dele daria para comprar outros dez veículos do mesmo modelo.
 
Golpe

O golpe só foi descoberto recentemente quando carros antigos, com folhas de despesa altíssimas com manutenção, tiveram que ser retirados de circulação. Para isso, foi necessário pedir baixa dos carros no Detran.

Durante a vistoria, antes de envio para o Detran, a direção do presídio detectou que as peças eram roubadas.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que a apuração está em andamento e em nora, informou que o secretário da Administração Penitenciária determinou à corregedoria que as responsabilidades sejam apuradas.

A SAP disse ainda que os funcionários estão sendo ouvidos e, até o momento, nada foi comprovado. Informou ainda que, caso as denúncias sejam verdadeiras, os funcionários vão ser responsabilizados.


fonte: G1 Vale

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